ARES DE GUERRA

Para de novo, mulher, tu me encontrares,
é necessário que vás por todos os lugares,
que bote à ponta a Interpol, e seus radares,
que entres em todas as casas, te desfarçares,
como quem busca um menor, vulnerável,
que vasculhe templos, embaixo dos altares,
nem memo assim, mulher, sete revoltares,
com a mão vazia, por que irei nos além mares,
procurarei abrigo no quilombo dos palmares,
mas não nunca deixo fácil vir prá te acalmares,
por que tu sabes o que fez, dos meus penares,
e por nosso amor estar com gostos insalutares,
mulher, eu não te desejo a sorte dos milenares.
naeno:111006