domingo, outubro 15, 2006














CASA VELHA

Aquela casa velha, abandonada,
Vazada de lado a lado,
Pela incontida pressa do tempo,
Por ela escorrem transpassados
Todos os meus sonhos, neste momento.
A casa onde outrora iniciava,
Um grande pátio de árvores de fronde,
E um quintal que, quando eu menino,
Considerava um mundo,
Onde eu pendurei, em cada árvore,
Um pouco do que sou, e deixei,
Na casa de onde nunca imaginei sair.
Não existem mais segredos lá dentro,
Todos se esvaíram puxados pelo vento,
Mas certamente há o próprio cheiro dela,
Característico sintoma de saudade,
Velha casa, hoje o abandono te guarda,
Os jumentos, os bois, as cabras,
Comigo ausente, e só eu sente,
Quanto de mim tens em teus adobes
Nas tuas portas grossas de cedro,
Na tua coberta de palha de babaçu.
Velha casa, que nem era pra estar assim,
Houvesse alguém dentro de ti,
Tu pulsarias ainda, e tinhas alegria,
E rias, e vivias não sei em que condições,
Talvez assim, incompleta,
Do mesmo jeito que anda o meu coração
.
naeno:151006

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Naeno tudo bem?E a primeira vez que te visito e voltarei sempre,adorei sua poesia,obrigada pelo seu comentario no meu blog,concordo com voce a respeito da educacao,e a base e lamentavelmente o que falta,assim nao tem "casa" que fique em pe.Beijocas

PS.Desculpe a falta de acentos ,escrevo em teclado alemao, e ainda nao sei transforma-lo....

TERESINA

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