DÁ-ME

Quando os amores mais serenos,
os antídotos contra venenos,
na minha vida forem realidade,
aceitarei proposta, calmamente.
De partir contigo, ilusão de vida,
se aceitar de ti o que tiver na ida,
sem previsões para o que ainda,
resiste em mim, amor, guarida,
Quando as palavras vãs saídas,
de minha boca te incomodarem,
quando eu encontrar a inceticida,
os meus dilemas, se abrandarem.
E da minha ausência sentirás,
e do meu nome te lembrarás,
e o meu retrato, claro, guardarás,
e por mim, talvez, tu morrerás.
Dá-me amor, amor à morrer,
dá-me amor, amar por querer,
dá-me mais tempo, por saber...
dá-me, é o remédio pra eu beber.
naeno:071006