quarta-feira, outubro 11, 2006



















DISPLICENTE

Não, não há motivos pra esconder toda essa dor,
A dor que foi capaz de te marcar o próprio amor
Não, não há uma razão que justifique se conter,
Uma sorte assim, tão dura, doloroso até dizer.
Então terá valido a pena recair inesperadamente,
Se o amor, que busca é, quase sempre, quase nada.
E ninguém vivo, não conseguiu, simplesmente,
Largar à deriva, quem sabe das saídas, confiante.
Ninguém nunca lucrou, e muitos perderam tanto,
Ao investir contrário à lei do amor, que é perfurante,
Deixa aos frangalhos o coração, aplica a pena instante,
Faz do peito um porão, cheios de más lembranças,
Mostrando a estupidez, a insensatez de que é capaz.
Não há motivos em tentar dissimular, o mau do amor,
Melhor será exibir, mostrar, as marcas, o que ele faz,
Por que ser vitima do amor, não tira o que se igualou,
Tanta gente sofreu essa mesma dor, e tanto faz, capaz,
Ou não, do mesmo jeito dói, tudo enfim se destrói,
E sobrará de tudo, restos, tudo que nos deixa tenazes
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naeno:111006

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TERESINA

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