sábado, outubro 14, 2006













IRRESTÍVEL

Não temo pela morte,
nem ela teme por mim,
não fizemos apostas,
não perdi, não tenho a pagar.
Por que estaria à minha espreita,
Se ela de mim pouco sabe,
e eu tão pouco a conheço.
Porque temer o invisível,
O destrutível desejo,
Ela é apenas um anseio,
nas horas mais tristes.
Mas nada com ela tive,
não nos tocamos, não nos beijamos,
nada houve entre nós.
É um amor impossível,
que parece ter desistido de mim,
dos meus galanteios.
Não terei medo se um dia,
ela, serenamente singela, de brando rosto,
querer algo a mais de mim,
pra ela já compus versos,
clamei-a nos meus reversos,
por isso se justificaria dela me procurar.
Irresistente à tentação da carne,
ela deitasse nos meus braços,
linda, displicente, a tudo,
e, com seus olhos de candura,
permitisse-nos a loucura, do amor,
de amar,em descomedida, procura.
naeno:141006

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TERESINA

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