quinta-feira, outubro 12, 2006
PASSAGEIRO
De mim o amor sempre fez e dispôs,
fui casa sem portas, tipo de albergue,
de anos a fio, de uma só noite alegre
um templo para ele, que ainda ergue.
Entre nós não houve maior distância,
do meu peito ele fez casa e fez parada
onde pernoitava, por suas andanças,
e descansava, até rumar, outra parada
De mim o amor fez seu companheiro,
ocupava, meu terreiro, seus cavalos,
e a calçada enchia dos seus seleiros,
era um amor bandoleiro, e gostava.
Em mim, o amor deixou demarcado,
seu tempo, seu espaço, suas glebas,
e por toda vida fui, assim, entregue,
a uma ilusão inerte, inaproveitado.
naeno:121006
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TERESINA
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2 comentários:
Gostei.
Será inaproveitado quem serve o amor? fico a pensar.
Oi, Naeno. Obrigada por sua visita e muito sucesso! Abraço
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