sábado, outubro 14, 2006



ROSA

O que tens pra me dizer, rosa,
Acaso não te fiz carícias, ainda hoje,
Esqueci de regar-te como faço sempre,
O que houve, para ficares, asim calada?
Já passa o tempo de tua beleza,
O teu perfume já começa por dissipar,
Já sei! Não vistes o clarão do luar,
E não deu pra encontrar o teu lugar,
E perdida, quer comigo deitar-se.
Mas o que há de reverso em tua cor,
Estás pálida! Alguma coisa vistes,ou sentes.

Te comovestes com abrir de novas rosas,
E por teres tempo contado, te amarguras.
Rosa, ó minha rosa, não vês que
Destas agruras também me queixo,
Que vejo por minha pele,caminhos do tempo,
Pelo meu rosto marcas profundas,
Veios de minhas lágrimas, vida afora.
Em quase tudo minha rosa, somos iguais,
No entanto existe uma diferença estupenda,
Enquanto, no teu tempo, tens conseguido,
Harmonizar sentimentos, aguçar amores,
Eu nem a minha vida consegui, acrescentar nada,
Só tirei, só desbotei, e nenhuma marquei de cores
.
naeno:141006

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TERESINA

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