quarta-feira, outubro 18, 2006

















VIZINHAS

A dor em mim fez residência,
e as flores insentidas ignoram,
minhas aliadas, as mais cantadas,
com quem sempre contei, tramei,
de quem dependo, a testar meu lume,
a claridade, a beleza do tempo,
urde a hora propícia de me reerguer,
desse diluído sentimento, a falta,
do meu amor ausente, distante em mim.
A saudade ao lado fez uma moradia,
colada, vizinha de mim, tão descuidado,
desanimado, por sentimentos de perda
e desânimo, à tarde canta, juntando roupa.
Se aguça em mim, pelo gesto cuidadoso,
a vontade de sentir do meu amor,
suas mãos quentes a passear meu corpo,
os seus intentos de acalmar minha alma.
Vem, meu amor, que a pressa é esta,
ver-te em comoção, colar o meu coração
no teu, será com a mesma habitante

Naeno:181006

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TERESINA

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