quinta-feira, outubro 04, 2007

FAVORECE

Ela me ofuscou com seus faróis em luz alta
E eu coladamente passei rente ao lado dela.
Mas nenhum grito de amor,
Se não eu já ficava
Ainda hoje estava com os meus olhos de choro.
Olhando a lua, pensando nela,
Vendo as estrelas, querendo ela,
E ela um jato lançando fumaça em mim.

Ela me confundiu com um pássaro qualquer
Que dorme cedo e voa a hora que bem quer,
Mas nenhum gemido de amor,
Se não eu tinha ido,
E até agora estava, seu, comprometido
Bem recaído, por esse amor tão delicado,
Cortando chuvas me enrolado em toalhas,
Vendo, mexendo a minha vida num varal.

Acostumei-me a não ser visto de perto
E me constrange o olhar, quanto mais belo.
E o dela pega na memória,
A maltratar de amor assim.
Ainda agora eu pensei nela e veio à flora
Umas tonturas, um desejo de entregar
O que possuo, o que vou ganhar
A vida tem sido bem louca em me amar.
QUERER

Querer e poder são por dois olhos
Uma visão do extremado
E não do fim
A beleza que encanta e tanto eu olho
É o que vejo em em ti
E não há em mim.

O ter e o querer são, por prisão
A razão de fazer-seSem ter fim:
O esplendor de uma rosa
Quando ela abre
Os teus olhos também
Se alargam assim.

Bem dizer, mal dizer eternamente
Sempre o não
Quanto mais eu te falo sim
O suor do teu corpo
Inteiro brilho
De um brilhante lapidado de mim.

O fazer e o benzer a obra feita
Algo bem findado assim
O artista que sonho e que não vejo
Nas rajadas do vento no capim
Há uma cobra que se mexe quieta
No ritmo que danças pra mim.

TERESINA

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