quinta-feira, agosto 02, 2007

LUZ DE SONHAR

Ao entardecer, debruço-me na janela
Na certeza que campos e quintais me cercam
Olho até o suportar dos olhos
O sol, que se vai minguando à minha frente.

Que saudades vai deixando o sol
Que o dia todo esteve comigo.
E o seu modo de mostrar o mundo
Só ele sabe, ninguém precisa.
O sol prover o homem de força
Provém de onde se imagina ser
E o que falar a esta entrada luz
Quando se sai de nós e se vai embora.
Embora eu saiba que amanhã estarei
Neste mesmo pouso, se o tempo vier
É bom que o rei venha no seu tempo
Que é o mesmo meu tempo, eu procurarei.
Logo de manhã, vou à procura dele,
Não na frontal visão que se acaba agora
Rebuscarei o fundo que há um avesso
Do outro lado, tranzendo-me a aurora.
Ó, sol, ó luz! A mesma coisa que olhar pra ela.
Que de outra luz se cobre e rebrilha
Mas que a mim é imposssível a sorte
De sem a claridade do sol enxerga-la.
E eu olho a ela como olho na lua
Nos seus caminhos que ela faz em casa
E os meus olhos talvez fiquem cegos
Por tantas luzes, tanto admirar.

4 comentários:

Yvonne disse...

Naeno, cego por tanta luz. Essa foi linda. Beijocas

Anônimo disse...

Lindooo!
os bons versos não tem pé e nem cabeça: tem asas
vc voa longe!!!

bjos

Naeno disse...

Yvone, você tão assídua. Isto me deixa numa alegria imensa.

Um beijo
Naeno

Naeno disse...

Obrigado Carol Rodrigues, por vires no meu blog, acho que pela primeira vez. Tomara que tenhas levado boa impressão.

Um beijo
Naeno

TERESINA

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