ACALANTO
Muito antes de eu nascer já me acordavas com cuidados
Um anjo me designastes, antes de minha mãe pegar-me.
Ele me segurava quando eu corria rumo ao despenhadeiro
Ou quando me declinava sobre o precicípio.
Me embalava com canções compostas aí,
Serestas e acalantos, dormia ouvindo-os
Para aplacar minhas investidas nos caminhos da cruz.
De noite eu sentia cada passagem do Arcanjo
Sob minha rede armada no entrar do quarto,
E se ausentar nas estradas altas par o céu.
Após e tardiamente, uma mulher deitou-se do meu lado
Tinha uma forma de anjo fêmea,
E na minha vida, já se diminuíam os cuidados do tempo.
Se não for do puro atrevimento, manda-me o teu anjo
Para que cuide de minhas feridas expostas,
Para que resfrie a minha boca:
Há momentos em que mesmo a vontade não me convence
É necessário que eu te veja inteiro, rente aos meus olhos
É preciso que eu me veja em ti
E que encare os sofrimentos como um sol claro
A tua luz subindo e descendo sobre minha vida.
Manda o teu anjo que com ele eu aprendi a falar
De coisas que por aqui, nas divagações de mim,
Não mais sei contar a ninguém
Nem mesmo à mulher que dorme comigo
Nem mesmo o homem que soube ser meu pai.
Não és tu meu pai, que já flutua, que já é anjo
Meu pai, de verdadeira saudade lá bem de dentro de mim.
Manda-me essas pessoas todas
Para fazerem um coro, para eu poder dormir.
Muito antes de eu nascer já me acordavas com cuidados
Um anjo me designastes, antes de minha mãe pegar-me.
Ele me segurava quando eu corria rumo ao despenhadeiro
Ou quando me declinava sobre o precicípio.
Me embalava com canções compostas aí,
Serestas e acalantos, dormia ouvindo-os
Para aplacar minhas investidas nos caminhos da cruz.
De noite eu sentia cada passagem do Arcanjo
Sob minha rede armada no entrar do quarto,
E se ausentar nas estradas altas par o céu.
Após e tardiamente, uma mulher deitou-se do meu lado
Tinha uma forma de anjo fêmea,
E na minha vida, já se diminuíam os cuidados do tempo.
Se não for do puro atrevimento, manda-me o teu anjo
Para que cuide de minhas feridas expostas,
Para que resfrie a minha boca:
Há momentos em que mesmo a vontade não me convence
É necessário que eu te veja inteiro, rente aos meus olhos
É preciso que eu me veja em ti
E que encare os sofrimentos como um sol claro
A tua luz subindo e descendo sobre minha vida.
Manda o teu anjo que com ele eu aprendi a falar
De coisas que por aqui, nas divagações de mim,
Não mais sei contar a ninguém
Nem mesmo à mulher que dorme comigo
Nem mesmo o homem que soube ser meu pai.
Não és tu meu pai, que já flutua, que já é anjo
Meu pai, de verdadeira saudade lá bem de dentro de mim.
Manda-me essas pessoas todas
Para fazerem um coro, para eu poder dormir.
13 comentários:
desculpa só hj agradecer tua visita,
virei ler-te com mais frequencia, as palavras são belas, de profissional de escrita? poeta?
Bonito e tranquilo este cantinho.
Abracinho
Um pedacinho do teu mundo, em forma de texto...
Muito bonito! Cada palavra um pedido...
Deixo-te muitos beijinhos!!!
Oie Naeno, sempre que te leio, parece-me canções. Eles têm músicas? Admiro muito sua forma de escrever.
Bom fim de semana!
Beijos
Eii amigo,� muito bom receber a visita em meu blog de um poeta com a sensibilidade e com a facilidade de se expressar ,� no mais simples que a gente sente a leveza das palavras ..
Ofere�o a vc o
�AWARD:TRAGO POESIA�
do Lua em Poemas porque a emo�o que sinto de um poema ,
nunca � o que j� esta escrito e sim no que esta por vir
(Nancy Mois�s)..
bjs
canta e encanta...:)
beijos incomuns da ci
Gostei do poema. E da bela balada que o embala.
Olá meu amigo lindo! Passei por aqui pra desejar uma semana feliz e deixar beijos.
Assim seja! Beijos
Palavras bem sentidas e bem reais.
Dizem tudo.
Parabéns.
mandou bem. mas mesmo vendo por interio nem sempre acreditamos no que estamos vendo.
Eu gosto dos teus comentário ó Ricardo Rayol. São bem a cara do teu blog.
Um abraço amigo
Naeno
Vim deixar um beijo pra vc.
ai ai... seu poema me deixou com uma baita saudade de mim! É lindo!
Beijos e saudades, poeta!
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