MATULÃO
Vivo das lembranças
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi...
A florada no seu tempo certo,
E vi errado o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Morro das lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
Da saparia escondida nas locas.
Arengas na estrada de cobra e lagarta,
Araras no topo jogando migalhas,
Que até eu, com a fome no estômago, alimentada,
Pegava e comia, essas lembranças do chão।
Adoeço só de ver essas estradas raspadas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise
Quanto mais me disto desses lugares meus.
8 comentários:
Menino, você é arrasador em qualquer tema que escolha para nos deslumbrar.
Lindíssimo! Profundamente terra, alma. Perfeitamente!
beijos
Olá, me desculpe só agora ter vindo, grata pela visita, e confirmo a sua beleza na poesia, aqui virei mais vezes, meu doce beijo_____________Cõllybry
SARAMAR, eu gosto quando te vejo por aqui. Eu conheço os teus poemas, e digo que também escreves muitíssimo bem.
Um beijo
Naeno
COLLYBRY, beijas a flor e a mim vistes beijar.
Obrigado
Um beijo
Naeno
Esqueci-me de te dizer, morei 10 anos em Fortaleza, e minha familia ainda lá mora... meu avô moro muitos anos no Piauí... nunca tive o prazer de conhecer a tua terra.. quem sabe 1 dia! beijinhos grandes e bom fim de semana
Ola Naeno,
Desculpa a ignorância, mas o que é um chochê???
Beijinho
Precisa dizer mais alguma coisa, Naeno? Talvez que és uma pessoa divina, amigo.
BeijUivooooooooosssssssss da Loba
Estas escrevendo como ninguém! =]
gostei!
beijos
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