CONSERTAR O MUNDO
Não é preciso somente abrir a janela
E deparar-se com a claridade
De todas as manhãs, tão iguais.
Ouvir mais nítido o barulho dos riachos
Que descem rentes às encostas,
Levando peixes, pedras sobre seu leito liso.
Ou consternar-se com o vozeio
Da vida que se faz lá fora:
Os que passam, os que ficam,
Esperando e levando, sonhos
E a vida para o sacrifício.
Muito mais necessário se forma,
Olhar todas essas minúcias,
Que são, perturbadoras visões incompletas,
Sem a visão fechada do crítico céptico,
Do filósofo que fala o imponderável.
Do carrasco que a todos odeia,
E deseja a cabeça de cada um numa bandeja.
É necessário saber nesses momentos,
Deixá-los na sua pureza, saltar a janela,
Invadir a porta e abençoar-se deles,
Banhando-se sem pudor de estar nu e vulnerável,
Ao que não mete medo,
Ao que é desnecessário:
Conjeturar, pensar, filosofar.
Coitados dos poetas, filósofos, sonhadores,
Errantes nos caminhos fáceis que levam à luz,
À vida em sua essência,
Como é vivida, obrigatoriamente, por quem nasceu.
Coitado de quem nasce e lança a olhar o mundo
Com a confiança de que ésua missão
Completá-lo. Feito por Deus, erradamente.
Não é preciso somente abrir a janela
E deparar-se com a claridade
De todas as manhãs, tão iguais.
Ouvir mais nítido o barulho dos riachos
Que descem rentes às encostas,
Levando peixes, pedras sobre seu leito liso.
Ou consternar-se com o vozeio
Da vida que se faz lá fora:
Os que passam, os que ficam,
Esperando e levando, sonhos
E a vida para o sacrifício.
Muito mais necessário se forma,
Olhar todas essas minúcias,
Que são, perturbadoras visões incompletas,
Sem a visão fechada do crítico céptico,
Do filósofo que fala o imponderável.
Do carrasco que a todos odeia,
E deseja a cabeça de cada um numa bandeja.
É necessário saber nesses momentos,
Deixá-los na sua pureza, saltar a janela,
Invadir a porta e abençoar-se deles,
Banhando-se sem pudor de estar nu e vulnerável,
Ao que não mete medo,
Ao que é desnecessário:
Conjeturar, pensar, filosofar.
Coitados dos poetas, filósofos, sonhadores,
Errantes nos caminhos fáceis que levam à luz,
À vida em sua essência,
Como é vivida, obrigatoriamente, por quem nasceu.
Coitado de quem nasce e lança a olhar o mundo
Com a confiança de que ésua missão
Completá-lo. Feito por Deus, erradamente.
6 comentários:
"Coitado de quem nasce e lança a olhar o mundo com a desconfiança de que é sua missão completá-lo, feito por Deus, erradamente."
Que maravilhoso!! Como sempre né!
Beijão e some não
Mariliza
Oi amigo querido, não, o Mundo não tem mais conserto, infelizmente...
Meu doce beijo
Os "caminhos fáceis" geralmente levam à ilusão, não a luz....:o)
bacana!!!
beijocas saudosas,
MM
oi querido!
Falta muito de Deus na vida e dentro destas "janelas".
bjossss
Não sei o que dizer... É tão forte e tão completo esse poema! Parabéns pelas lindas palavras.
Obrigada pelo carinho lá no Espelho!
Bjos...muitas alegrias.
Ouvi ontem (nem sei mais onde) que o fácil é aquilo que antes nos pareceu dificil. O mundo não é fácil, viver não é fácil. Mas sejamos estes coitados que tentam transformar o dificil em felicidade - ainda que por momentos.
Vc pediu, agora me aguenta! rs... Não saio mais daqui, tá?
Beijãozão
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