terça-feira, abril 24, 2007

BICHO

Chamamentos de amor pelo silvo
Deixa o coração em polvorosa
Ficam os nervos de flor em pele
Com as mãos estiradas em oferta.
Uivos de amor, quando é saúdo
Um cio de fogos pelo olhar
Um raio imprevisto, o espanto
De não se querer acordar.

Amor será te amar, vitória
Ou se volta a mão sem nada
Ou se fica aí por dentro
Latejando desarmado.

Quais das feras, a mais temida,
A onça no seu grunhido,
O cravo no escuro sumido,
Qual mais bota medo,
E quem mais tira
Da nossa coragem intrépida,
Dos nossos jeitos arquétipos,
Terá um mais presente e omisso,
Mas à mostra e invisível,
Com seus golpes imprevisíveis
Que o amor.
Que já vem cor seu ardor,
Uma dor que queima e abrasa,
Uma fera que não se cala
A ponta perto, do arpão.
Nenhuma das feras descritas,
Tem mais cicatrizes que feridas,
Que o amor, um conpulsor,
Que a ninguém tenha remido.

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TERESINA

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