segunda-feira, abril 23, 2007

MORADA

Habito um lugar improvisado
Um fundo, um quarto
De janelas abertas,
Ao mundo todo em sentinela.
Durmo um sono provisório
Interrompidas vezes
Em que tento quietar os olhos.
Sonho um deserto,
Lugar melhor de se ficar
Como estou assim sem lugar,
Bem que os teus olhos me serviriam,
Como guias
Bem que tua boca me serviria
Do que comestes
Em teus acessos fáceis.
Vivo pobre condescendente
De outros tantos desprovidos.
Dormindo em lugares abertos,
Rezando um terço antes de partir.
Pro alto puxar o sono
Pelo canto baixo
Que lembra o amor
Numa noite de festa.
Mas não me avexo,
E a ti, faz como em mim...
A casa é tua, o céu é teu,
E todas as estrelas são
Bem dividias ao meio.
Metade minha metade tua,
É o que tenho,
Esta calçada nua,
Por onde ficarei,
Até que se cumpra o dia,
A hora, e o minuto.

2 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado Naemo pelo teu lindissimo poema.

Beijinhos

Anônimo disse...

Obrigado a você que me fala essas coisas, as quais nem esperava.

Um beijo
Naeno

TERESINA

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