segunda-feira, abril 02, 2007

CAFÉ

Aquém foi pra mim uma xícara
Que pus no pires, que pus café
E conversei comendo bolachas,
Tomando café, apressado para ficar.
Alguém por mim, limpou a mesa
Catou os farelos de bolacha,
Juntou os utensílios,
Depois beijou a minha lembrança.
Um retrato, que nem mais era eu.
Esse alguém mora comigo
E a dez anos a gente conversa
Todas as manhãs, durante o café.
O resto do dia caca um sabe quem é,
O que fazer. Eu faço intrigas
Comigo e o meu retrato,
Que lembra-me noutro tempo
Um momento em que éramos iguais.
A pessoa que mora comigo
Faz do seu dia mais venturoso,
Limpa as gavetas, vai às lembranças
Uma criança deixada só.
Faz o que come, pega o que bebe,
Prepara a cama, e se deita solta.
Dorme sozinha, vai aos seus sonhos,
Sonha comigo, e arruma a cama
E põe dois travesseiros.

5 comentários:

Anônimo disse...

Poesia...adoro... obrigado pela vista... adorei visitar aqui o seu cantinho

Jéssica disse...

Belo poema.
Adoro café...rs...
Beijo*.*

Anônimo disse...

Obrigado Carla Duarte e Jéssica, pelo carinho, pela disponibilidde em visitar o meu blog.

Um beijo
Naeno

Peste disse...

Naeno meu querido... és um doce na boca do mundo... que de amargo esquece a beleza no seu verdadeiro sentido... e que se esconde e foge de tudo

continua

beijos

Naeno disse...

Peste eu queria ouvir algo de ti. Finalmente ouvi. Fiquei muito feliz.
Um beijo
do amigo eterno
Naeno

TERESINA

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