NÃO VIESTES
Naquele maio
De ventos leves
Demoramos, na tua espera.
E ficaram as flores quietas
De bordados de linhas coloridas
Com motivos de flores de primavera.
À tua chegada.
E fostes faltosa com nossos olhos.
Passastes apertados nós
Em nossas gargantas.
Por qualquer trincado
Um espanto, uma alegria subta
À tua espera.
A quimera, quisera, pousasse
Nas calçadas, nos batentes,
Nos frechais por onde entravas,
Fosse esso o sonho,
A realidde tornando-se.
Tu postas diante dos nossos olhos.
E não viestes no tempo em que rezamos
Novenas inteiras,
Missas, até se completar
O tempo que os Santos pediam.
Foi um longo tempo,
De esticada espera,
E não chegavas.
O tempo da primavera já se contava em fim,
E do começo todos ficamos assim,
Meio duvidosos,
Tristonhos demais.
As flores já se trocaram
O motivo agora era quietude, cautela,
E se vestiram de um branco,
Da fé, que veste este poema.
E pingaram pontos verdes
Reornamentando o corpo,
A esperança, prenunciada, tua vinda.
E não chegastes.
No desespero de espera, fomos
Como um batalhão para a messe,
À tua procura, certos, ao teu encontro.
O consenso entre os amantes teus,
Eu, as rosas, o tempo, o vento,
Chegamos por decifrarmos vários destinos,
O de te encontrar, formosa....
De não te avistarmos, de longe....
O de te socorrer aflita,
Refém de um destino vilão
Que te guardou todo o tempo
Chorando, enfurnada em algum porão.
E não te encontramos.
E boa parte do mundo,
Do que não pareceria mais mundo,
Andamos, vagos, e com a esperança,
Que nunca se desvanecera,
Estivemos o tempo, contadas as horas,
Quebrando gravetos,
Fazendo fogo, nas paradas,
Rezando terços, e orações improvisadas,
E Tu, não ouvistes, nem chegara.
Não sentistes nem procurara.
Voltamos, quase todos nus,
Sem esperança, foscos, encorpado,
Tirados os bordados, as flores.
Eram agora de outra época,
Em que não eram mais flores,
Em talos se vestiram, marrom.
E eu, pobre, de um coração calado,
Sem razão, não me viam a cara.
Naquele maio
De ventos leves
Demoramos, na tua espera.
E ficaram as flores quietas
De bordados de linhas coloridas
Com motivos de flores de primavera.
À tua chegada.
E fostes faltosa com nossos olhos.
Passastes apertados nós
Em nossas gargantas.
Por qualquer trincado
Um espanto, uma alegria subta
À tua espera.
A quimera, quisera, pousasse
Nas calçadas, nos batentes,
Nos frechais por onde entravas,
Fosse esso o sonho,
A realidde tornando-se.
Tu postas diante dos nossos olhos.
E não viestes no tempo em que rezamos
Novenas inteiras,
Missas, até se completar
O tempo que os Santos pediam.
Foi um longo tempo,
De esticada espera,
E não chegavas.
O tempo da primavera já se contava em fim,
E do começo todos ficamos assim,
Meio duvidosos,
Tristonhos demais.
As flores já se trocaram
O motivo agora era quietude, cautela,
E se vestiram de um branco,
Da fé, que veste este poema.
E pingaram pontos verdes
Reornamentando o corpo,
A esperança, prenunciada, tua vinda.
E não chegastes.
No desespero de espera, fomos
Como um batalhão para a messe,
À tua procura, certos, ao teu encontro.
O consenso entre os amantes teus,
Eu, as rosas, o tempo, o vento,
Chegamos por decifrarmos vários destinos,
O de te encontrar, formosa....
De não te avistarmos, de longe....
O de te socorrer aflita,
Refém de um destino vilão
Que te guardou todo o tempo
Chorando, enfurnada em algum porão.
E não te encontramos.
E boa parte do mundo,
Do que não pareceria mais mundo,
Andamos, vagos, e com a esperança,
Que nunca se desvanecera,
Estivemos o tempo, contadas as horas,
Quebrando gravetos,
Fazendo fogo, nas paradas,
Rezando terços, e orações improvisadas,
E Tu, não ouvistes, nem chegara.
Não sentistes nem procurara.
Voltamos, quase todos nus,
Sem esperança, foscos, encorpado,
Tirados os bordados, as flores.
Eram agora de outra época,
Em que não eram mais flores,
Em talos se vestiram, marrom.
E eu, pobre, de um coração calado,
Sem razão, não me viam a cara.
3 comentários:
Pois a esperança é a última a morrer e enquanto houver respiração no teu peito, crê na sua volta, mesmo que impossível, pois ela far-te-á sorrir, far-te-á viver :)
Um beijo
Amigo,
vem daí...! Estou À tua espera! Estive aqui ontem, deixei um comentário neste mesmo post..e ainda não me visitáste!! Vais gostar da minha surpresa:)))
Até já...
Beijos, força!
Te visitarei, é que eu ando meio desafinado.
Um beijo
Naeno
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