DELÍRIO

Em tudo se difere o amor da paixão,
o amor é de regar a flor,
a paixão dá com a mão,
o amor calmo e conciso,
a paixão de turbulência,
se indispões com se própria,
o amor não tem malediscências.

Em tudo a paixão e o amor,
tem um pouco de cada um,
o amor já instalado, calado,
a paixão vai e vem, queixando do calor,
calor que o amor nem fala,
tem em si bem acostumado,
e a paixão se atormenta, com a dor.

Em quase nada parcem
o amor e a paixão,
o amor vela, a calma, e conforta-se.
mas a paixão, um prenúncio,
de tudo dar sempre errado,
o amor, que por traz, lhe arremete,
ao confronto armada.
o amor, sublime, sentido, em tudo se redime,
a paixão ostenta cabeças e peitos, cortados.
naeno:apanhado