quarta-feira, setembro 27, 2006
DESCOMPENSA
O homem que carrega uma caixa,
passa pelas ruas desapercebido,
arma nos esteios das casas ruidas,
rede suja e deita, e dorme sem nada.
Amanhecendo já ele se levanta, e sai,
pelos caminnhos de ontem, repedidos,
e de novo volta, de sonhos, depido,
e até quando o homem, sua vida vai.
Pobre, medigo, que teve essa sina,
pois foi um acaso bem podieis ser eu,
mas que do enfado, que a vida lhe deu,
não lhe deu um teto, comida, destino.
Pena do homem, pura experiência,
que sobre si recaíram todo pecado,
o que aos outros, que o lham, calados,
sempre fizeram danos, indescências.
E o que quer Deus, com tal expiarório,
enquanto um implora pelo nome Dele,
outros têm, guardam e não são reles,
terá ainda, prá pedir diante um oratório.
Deus deve ter para o mendigo, errante,
além das glórias que receberá no céu,
algo que coma, tirado do que é seu,
algo que gaste, que sobre, que esbanje?
naeno:0906
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TERESINA
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