sexta-feira, setembro 22, 2006


















RELICÁRIO

Guardei silencioso, tudo o que de ti havia, aqui comigo,
até os beijos guardei, em meu corpo todo pontilhdo,
protegi das imtempérias, os versos nos papéis escrutos,
guardei-os num relicário, onde eu mesmo gravei teu nome,
dando-te o melhor de mim, na vida toda, recebidos.
Guardei teu nome secretamente, apenas no meu coração,
ocultei as velhas fotos, amareladas com o tempo,
prá não dar a fortuna, de alguém vê-las, pensar.
Tenho amor, ciúmes de ti, alimento prá minha alma,
e tenho por ti, amor, o que não tenho por mim, razão,
o zelo, a proteção, e a certeza, de a ti entregar-me,
entregarme inteiramente, como se dá de presente,
algo que não é prá si mesmo, em outro é que servirá,
No meu relicário, agora teu, estás guardado, em proteção.
e fora fiquei exposto, um vigilante a postos,
que a qualquer sinal se levanta, e roda e olha,
no entanto não me incomoda os passageiros, lotações,
as carreatas de estalagens, as boiadas mundo afora,
eu somente tenho olhos, e me levanto e olho,
prá ver se és tu que vens. E ne entristeço, quando não,
sinto-me, desventurado, por tanto tempo esperado,
e tua demora é maior. Maior que esperar ouros dias,
de paz, concórdia, amor, que só verei, se tens chegado.
Amor, amor, manda pro meu ansoso coração,
alguma notícia boa, por que de triste, eu insisto,
porque à mim, e tanto a ele poderá ser fora de dia.
naeno:improviso

Um comentário:

Anônimo disse...

Naeno,
Sou teu fã e vejo que tudo que fazes é com determinação, ousadia, e diferença.
Te amo,

Laurenice França

TERESINA

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