quinta-feira, setembro 21, 2006





















PASSAGEM

Na passagem dos sertões,
eu vi, de longe, um despejo,
de alguém nos braços de outro,
era no riacho dos desejos.
Eu, por loucura joguei-me
nos braços não de quem,
sei, fui tão precipitado,
bom não tivesse me atirado,
hoje eu não tinha ninguém,
sei, fui só impulsionado,
de tanto querer, tando um bem.

Na passagem das roseiras,
avistei meu bem colhendo,
flores com, com todo cuidado,
porque são guardiões os espinhos,
e eu de comovido, bem,
atirei-me em seus braços, ninho,
que é onde reconheço o bem,
e acalentei meus desejos,
joguei prá fora em despejo,
outras que nunca se tem.
naeno:apanhado:88

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TERESINA

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