sábado, setembro 23, 2006

O MÁXIMO

Uma máxima: Toda unanimidade é burra. Dita por nada mais nada menos, do que outro que usufrui de toda unanimidade Nelson Rodrigues.
Nelson Rodrigues foi um teatrógolo, um escritor, um poeta e um grande pecador, por se tornar uma unanimidade.
Vocês vêem eu me referindo muito à palavra e ao sentido unanimidade, por que no fundo eu concordo com o que Nelson Rodrigues falou. A unanimidade pode ser admitida como sinônimo, tanto de burrice como de preguiçã. Primeiro a classifaria como preguiça. Que implica em fazer o seu próprio juízo sobre as coisas, os acontecimento e, daí, quem sabe passar a fazer suas críticas e manifestar os seus depoimentos mais seguramente e verdadeiramente. Depois é que a classificaria como burrice; porque? porque a preguiça é o caminho mais curto e mais trafegadoi para se chegar a lugar nenhum, ao ermo, à falta, à burrice. Pronto.
Em estar me referindo a unanimidade eu me permito, como artista, embora nem tanto conhecido e evidenciado como muitos, de talento e capacidade de tocar o barco, questionáveis, mas sou um artista, isto quem determinou foi Deus. E, na qualidade de tal, posso perfeitamente me referir ao Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil Passos Moreira, Francisco Anísio, Caetano Veloso, enfim, qualquer um dos "monstros sagrados de nossa literatura musical", e de homem para homem, de artista para artista, conversar-mos, torcarmos idéias; isso, porque também me julgo um artista de idéias, que tenho a minha linha, não faço indescências musicais, não me dou ao carnal de ser bisbilhoteiro, insinuso, demonstrando uma burrice que, Deus me castigue se estou falando inverdades , sinceramente não tenho. Tenho sim, muito a oferecer, houvesse espaço e o sentimento de dever cumprido por parte daqueles que insistem em ostentarem revistas com fotos e matérias, preparadas pelos do rol ovacionadores, inquestionadores, e, em alguns casos preguiçosos. Pela experiência, envolvimento, trabalho e idade, sei que o tanto o Chico Buarque, como Gilberto Gil, Catenano Veloso, Jorge Ben Jó, e muitos outros, tem mais cancha que eu. Nunca negaria isso, como estou fazendo agora longe deles.
O qeu condendo piamente é o eudeusamento a que eles mesmos se propuseram, acatado de bom grado pela imprensa. Ninguém questiona o Chico, tudo que ele fez é lindo, maravilhoso. E a gente, pelo contrário tem de ter o senso crítico de avaliar tudo. O Chico tem besteiras gravadas sim. Como o gil tem, Como o Caetano tem demais. Porque então criar-se essa áurea em torno deles e deixá-los icólumes dos buscapés, dois traques, dos espanta-goiós, é, porque aqui ninguém tem coragem de falar mais alto do que isso não.
O Chico, por exemplo, de quem sou fã desde menino e continuo o sendo, é um mito vivo, que faz caras e bocas, quando alguém o flagra tomando uma água de côco em Copacabana. E eu retruco o que é que tem de diferente, por ser o Chico Buarque que está fazendo, em se beber uma água de coco em Copacabana? Porque o Chico, a exemplo de outras estrelas terrestres, ou pedaços de meteoritos, criam e disponibilisam os endereços dos seus sites e quando se vai tentar um papo, ver alguma coisa estão sempre indisponíveis? Por que tentar copiar foto dos caras é proibido? É o tal do marketing? Mas isso, convenhamos é contra a lei. Uma Lei que não nos protege absolutamente de nada. Eu bem que poderia reclamar, ou reinvidicar issso, mas a quem? Isso valeria a pena? Não, vou me permitindo aquilo que me é permitido. E é por isso que a gente anda devagar. E é por isso que quando alguém me pergunta: Naeno, que belo trabalho novo, e eu, respondo: É mais um filho de rapariga, é mais um largado no mundo.
Vocês sabiam que o Chico Buarque, por exemplo, nunca veio ao Piauí, nem Ele nem o Miltom Nascimento, outro encantado, outro Deus, outro mistério prá saber. Mas já vi Paulinho da viola aqui em nossas calçadas comprando cordas de violão; vi Cássia Eller, sair do Teatro, em torno de nove horas da noite de pés para o hotel cantando uma música do Cazuza; Eu vi Fernanda Montenegro, quando eu fui diretor do Teatro 4 de setembro aqui de Teresina, ir à minha sala, fazendo questão de me conhecer, por sentir o meu esforço em manter aquela casa funcionando.
Também vi Gilberto Gil, expulsar das cadeiras do Teatro, de lá do fundinho, uns quatro músicos da terra, que sem dinheiro para pagarem o show, caríssimo, eu os coloquei para ver o ensaio, com a permissão do seu produtor local.
Porque este endeusamento em torno desse - como todos nós, vamos,... repitamos, por favor, todos nós: POBRES MORTAIS.
Mas uma minoria sabe, é a carne, é o dinheiro, e é a carne, é a velhice e é a carne, são unguentos e é a carne.
Não me confundam pelo o amor de Deus. Quem gostou de saber que o filho da Zuzu Angel, foi arrastado, amarrado na trazeira de um jeep, dando voltas circulares em torno do pátio da cadeia onde estava detido; quem gostou de saber e ouvir àqueles MACACOS GENERAIS, berrarem contra a Nação, como se algum preparo tivessem para tal; quem se levantou emocionado ao verem valas e valas serem mostradas repletas de osssos, dos que que se contravinham aos princípios, princípio coisa nenhuma, daquele malfadado, malogrado, injustificado, patrocinado pelos EUA, achando que tudo iria virar Cuba.
Eme referi a issso, só para lhes dizer que, em certíssimo ponto esse tempo favoreceu em muito aos nosso mitos da MPB. Tanto que em, acabada a censura, convivendo com o livre poder de criar, falar, gesticular, bradar, esses caras não fazem quase nada mais. O caetano deu para querer ser Vicente Celestino, O chico Buarque, para ser Greta Garbo, O Gilberto Gil para ser forrozeiro e político, O João Gilberto, para cantar o Pato, a Gal para correr das cantoras novas, A Bethânia, parece virou Carmelita descalça, e o que é que sobra: arrogância, discriminação, e defendem algum em aparições aqui e ali, como vaga-lume na fazenda

Naeno:230906

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TERESINA

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