quinta-feira, novembro 15, 2007

OCISAS DE DEUS


Coisas de Deus...

Tanto amor em mim guardado

E o meu rosto procurado

Por alguém que não me reconheceu.

Minha saudade de vê-la

Meu coração enfeitado

E como andará o dela

Por certo muito mais ornado.

Coisas do destino

Não ter em mim o que ensino

A quantos não sabem deter

Na mão, uma flor, um querer.

Já falo: não amem as borboletas

Elas são amantes do vento,

As rosas do beija-flores

As orquídeas das janelas.

Coisa de quem não tem mais

Do desencontro um sinal

A marca dos pés que procuro

Com o corpo todo, calcados;

Coisas de quem passa olhando muros

Vendo inscrições noturnas,

Quando este tempo, os sinais

São, pelo bem do amor demarcados.

Coisa de Deus

Esse novelo em meu peito

Embara


TERESINA

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