Coisas de Deus...
Tanto amor em mim guardado
E o meu rosto procurado
Por alguém que não me reconheceu.
Minha saudade de vê-la
Meu coração enfeitado
E como andará o dela
Por certo muito mais ornado.
Coisas do destino
Não ter em mim o que ensino
A quantos não sabem deter
Na mão, uma flor, um querer.
Já falo: não amem as borboletas
Elas são amantes do vento,
As rosas do beija-flores
As orquídeas das janelas.
Coisa de quem não tem mais
Do desencontro um sinal
A marca dos pés que procuro
Com o corpo todo, calcados;
Coisas de quem passa olhando muros
Vendo inscrições noturnas,
Quando este tempo, os sinais
São, pelo bem do amor demarcados.
Coisa de Deus
Esse novelo em meu peito
Embara