sexta-feira, junho 24, 2011

QUALQUER MANEIRA





Você já amou como amam os cães?

A quem as carícias em si não bastam

Pegar e beijar é pouco.

A repulsa, de quem deseja é suportável

E eles tentam tantas vezes precise... sem desistir

Nem pensar em sair dos derredores

E neles inflama mais a verve do amor

Até se mordem, como se indispusessem

Como se o amor perdessem a comoção.

O amor entre um cão e uma cadela

É como uma luta flutuante

Uma nuvem batendo contra outra

Causando os relâmpagos, faíscas de gozo.

Assim os cães se amam

E se amam tão intensamente, inteiros

Que depois do rito, os gritos não os separam

É um cordão umbilical, feito

E agora nascendo.




Eu queria amar como um cão

E soltaria uivos ao ver minha amada

E a cheiraria, lamberia todo o contorno do seu corpo

Até que ela me desse em troco

O mesmo amor que tenho guardado

Me desse a flor, a flor do meu espinho.

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naeno*comreservas

quinta-feira, junho 16, 2011

TUA TEZ

Existe uma infinidade de coisas que estão em ti
E que outros não possuem.
Mas isto é o básico da individualidade de cada ser deste mundo.
Assim não te esclareço nada
E posso até te deixar aflita
Porque em ti eu descobri tantos sinais
Tantas estrelas
De tua pele meio exposta.
Porém Não cabe a mim proceder de forma tão indiscreta e telhudo
Porque devo ter passado assim
Uns anos-luz, antes de tua concepção
Até esta formosura peça de mármore
Que não se desgasta
Posta à minha frente.
E eu que te via por tua feitura
Vendo os caprichos de Deus
Quando novamente ressalto bem pertinho
Buscando um sinal mal disposto
No perfil do teu rosto.
Quando mais uma vez convencido
Ele te punha ao sol para pegar a cor
O sangue, a maquiagem natural
Que foi definitiva em ti.E porque eu falo assim
Com tanto destaque para tua pessoa.
No mínimo eu não mentiEm nada, tudo vi, tudo sei..



Verdade!



________naeno

sexta-feira, junho 03, 2011

MÁRIO QUINTANA

Escrevo olhando para o céu
O papel é da mesma cor azul
Verde, a caneta, da esperança escrita
E também desenho um pássaro ao léu.

Estou curioso por ver a paisagem enfeite
Misturo tons que me arregalam a visão
Buscando sempre as mesmas descobertas
O céu, é inútil querer dar-lhe outros efeitos.

Brinco com a luz incidente na folhagem
Que pinto e bordo, da cor e do cortado
E que propunha, a poesia, enfeita-se
Desses desmandos de nova linhagem.
Ando volátil como o ar rompido
Que acolho e beijo em minhas mãos aos poucos
E me permito voar com ele aos pedacinhos
Aí nessa folha como tenho sido.
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naeno*com reservas de domínio

TERESINA

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