sexta-feira, outubro 10, 2008

MEU NADA

Lembro da terra que me materialuzou
Relendo sua história num papel de pão.
Lá nada se via, nada se ouvia.
Nenhum barulho, nem silência
Chevgavam ou por uma boca ou por uma mão.
E num saudosismo de poeta esquecido
Sinto doer meu coração já tão distante
Quatro, cinco casas, dez, vinte gentes
Povoam ainda hoje minha cabeça
Como se a morte naquele lugar agonizante
Nunca passou e ninguém se foi.
Podia já haver morrido.
Lembro que ààs seis horas da tarde
As cigarras cerziam segregadas
Seus cantos de dormir.
E as mesas se floriam
De toalhas estampampadas , de muito uso.
Que viravam lençóis
Depois mudavam para vestidos
e se puíam e ao monturo serviam.

Lembro desse lugar
Pelas notícias que traz minha alma
Todos os dias, quando chega para o pernoite
E fala dormindo, e me diz: de Arlindo, findo.
E se refere aos de minha idade
Que ainda não saíram para conhecerem a cidade
E ainda se submem aos golpes
Da enxda amolada na pedra demanhãsinha
Ao machado que por vezes,
Errava o opau e dava com a canela
Triste lugar. Triste situação.
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TERESINA

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