sexta-feira, março 02, 2007

AMOR

Difícil falar do amor
Ele fugidio, abstraído, confuso,
Um nome dado a um sentimento,
Sintomático da Silva,
Dos sobrenomes todos da vida.
E quem é ele, um vulto
Na multidão dos tristes,
Na reunião dos rebelados,
Rompidos a sangue e fogo,
Com suas práticas sentenciadas.
Difícil dirigir-se a ele,
Pairar sobre as montanhas,
Às vezes ir muito além,
E gritar por qualquer nome,
Até que se manifeste, o nefasto,
A má obra, peça inacabada.
E como se anunciarão seus dentes,
O seu semblante como se verá,
Algo deplorável, compassivo à dor.
Desconfiável, improvável que assim se mostre.
Deve vir como uma presa astuta,
Pulando de galho em galho, irritadiço,
Fazendo caras e bocas, brincando à toa,
Fazendo loas, cambalhotadas,
De nada ouvindo, tudo calando,
O amor vem dando visões de barcos,
Em pleno mar, que ora aparecem,
Logo se escondem por trás das ondas,
Em descompasso, com os olhos turvos
Que sobem e descem desesperados.

2 comentários:

João JR disse...

Olá amigo:)
Mais um lindo poema..Como é tão fácil e tão dificil falar de amor...!
Mas na amizade as coisas são quase sempre um pouco mais fáceis, por isso um beijinho, para ti com toda a minha amizade:)

Naeno disse...

Maria João, muito obrigado pelo carinho que me dedicas. Disso existe uma recíproca, ou talvez eu ganhe com tua amizade.

Um beijo

Naeno

TERESINA

Sign by Dealighted - Coupons & Discount Shopping