segunda-feira, julho 30, 2007

VOZ DO BRASIL

O sol foi dimanhando e o dia de uma manhã
Que fortifica a vida em seus botões de aperto
Terra presa na chinela, jaz, no vai arrastado da vassoura,
Que amanheceu disposta, crente que o dia se abreviará.
Pois tudo limpo, e tudo lindo, sobram-lhe palhas entre outras palhas.
Recolho-me quando era pra me dispor no mundo,
Deito ao relento, lendo, o que as estrelas estão segurando.
O mundo de que preciso é este: o mundo dentro de mim
Outro mundo fora para eu poder ser assim.
Caminho nas lembranças e me balança o peso
E o peso se contrapõe à balança, que lhe revela
Seja do tamanho que for, ela se vela,
A olhar o anti-ponto, o contra-número
Porque no mundo tudo faz essa diferença
Uns comem muito e outros têm o jejum como sentença.
Aumenta o rádio, não o objeto, o som volátil,
Porque agora se encerra no meu peito varonil,
Um sujeito ardil, tramando contra a nação.
E bem no tempo, no contra-régua que se acha o chiado
Do rádio, iniciando uma peleja, quase diária.
Uns falam pra todos e poucos são os que dão ouvido.
Porque já houve tempo que ninguém podia ouvir,
Falar era castigo, um diabo que mastiga os próprios dentes.
Eleva o rádio, não à condição de objeto estranho,
Mas o volume, bem no pingado com esmalte de unha,
É por aí, nesse intervalo, que se ouve e cala a Voz do Brasil.

8 comentários:

david santos disse...

POR MUITO QUE CUSTE A MUITA “BOA” GENTE, NÃO VAMOS DEIXÁ-LO ESQUECER.

Esta semana venho incomodar todos os blogues brasileiros. E por quê? Porque não quero que esta data fique esquecida. Mas que data? Pois é, é mesmo isso! Este ano, de 2007 faz 160 “cento e sessenta anos”, que nasceu um grande vulto da poesia brasileira. Quem foi?
Faz também este ano, 2007, 136 “cento e trinta e seis anos” a data do seu falecimento.
Quem foi? A resposta deve ser dada por iniciais, nada de nome completo
Eu não devia ajudar nada, mas vou-vos dar um cheirinho: “Espumas Flutuantes”, Salvador da Bahia, 1870.

Quem souber, pode deixar a resposta no meu último poste.
Quem não souber, tenha a dignidade de perguntar no mesmo local. Pois aprender não enche barriga nem mata miolo.

David Santos

Anônimo disse...

Olavo Bilac é o nome de um dos maiores poetas brasileiros. Antiescravagista, antiracista, um lendário, que morreu prematuramente, com vinte e quatro anos de idade.
Um jovem, que ajudou a mudar a história deste País, chamado Brasil.

Entregastes o ouro ô David !

Um abraço
Naeno

Flávia disse...

Esse foi diferente, em rítimo dos que costumo ler por aqui...
gostei!
Bjus

Anônimo disse...

Nem sei dizer o que é mais bonito aqui, Naeno: se as coisas que sente e publica, se os detalhes do blog, que por sinal é lindo!!!

BeijUivoooooooooosssssss da Loba

Verena Sánchez Doering disse...

gracias amigo Naeno
por tus saludos y compañia, te dejo muchos cariños y una buena semana
que estes muy bien, besitos


besos y sueños

Anônimo disse...

Pensas que eu não sei, errei de propósito. C.A. Na verdade eu me confundi com o nome.

Um abraço

Naeno

Anônimo disse...

Mas, porque esse David Santos não se mete com as coisas da vida e do paizinho dele? Sujeito mais chato e metido a sabido.Uac!Uac!Uac!
Naeno é sabido, erra acima depois vem com essa que foi de propósito.Uac!Uac!Uac! É o famoso jeitinho brasileiro não é Naeno? Saistes da tua terra mas trouxe consigo a malandragem.Uac,Uac,Uac

Anônimo disse...

Adorei o riso.

Naeno

TERESINA

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