sexta-feira, maio 11, 2007

ROSAS DO CAMINHO

Hoje eu dei para a moça que trabalha no banco
Onde eu não mantenho conta corrente,
Uma rosa de oito pontas.
Era uma rosa singela, tirada de um jardim
Do caminho da agência bancária.
Ela que andava esquecida de mim,
Com os olhos mais displicentes,
Que tiveram antes sobre mim, mais atentos,
Não como os olhos que vislumbram algum perigo,
Antes um abrigo, para os meus tão buliçosos.
E por este gesto senti que ela ficou
De novo me vendo.
Olhando a mim e a rosa.
Ela não tinha lugar para colocar a rosa,
E eu sugeri seu cabelo
Ela disse que não, que estava em serviço.
Ai meu coração falou: é isso, é isso,
Sugeri que ela a pusesse no decote.
Pior ainda.
Ela sorriu a fechou na mão e disse
Vou mergulhá-lo na água enquanto espera
Eu chegar em casa.
Tenho um vaso esperando por ela,
No criado mudo ao lado de minha cama,
É um vasinho, onde antes de dormir
Faço dormir o meu coração.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindíssimo o teu poema. Cada vez me surpeendo mais com o teu jeito de escrever, colocar as palavras, qeu individualmente, são só gráficos, riscos, mais da forma como usas, elas doem, machucam.

Um beijo
Ana Rita

Anônimo disse...

Naeno aqui é tua mana Marta. Estou espantada com a qualidade dos teus poemas.

Um beijo

Te amo

Marta Maria

Naeno disse...

Obvrigano maninha, olha que eu confio em ti. Sei da tua profundidade literária, das sintaxes que me ensinastes.

Um beijo amado.
Naeno

TERESINA

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