sexta-feira, abril 06, 2007

AS HORAS

Enquanto passam-se as horas
Os dias vão se acumulando despejados,
Os anos que conto, são por ali separados.
Os minutos vão-se como penas ao vento,
Deles nada escrevi, não tomei nenhum assento.
Enquanto as horas se apressam,
Eu junto tudo com lentidão.
Tudo quer estar disposto em seus lugares.
A minha cadeira de balanço
O pêndulo onde eu tenho montado
Contanto horas,
Contando tempos,
Contado dias,
Remando com o pé nos pedais,
Indo contra e a favor das marés
E o que passa, que eu conto,
Ninguém vê, nem sabe o que é,
A ânsia da espera, o medo da cara aberta,
Cabelos que não sei a cor,
Olhos, que imagino claridade.
E a minha idade, alguém contou,
Todos os segundos
E a hora por chegar...
Por que contaram de mim
Assim, desanimado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda poesia seu Naeno. É assim a vida, o seu caminho, o seu leito. Adorerei quando falastes "A minha cadeira de balanço
O pêndulo onde eu tenho montado
Contanto horas,
Contando tempos,
Contado dias,
Remando com o pé nos pedais,
Indo contra e a favor das marés
E o que passa, que eu conto,
Ninguém vê, nem sabe o que é,
A ânsia da espera, o medo da cara abertai quando falastes". Só isso valeria a poesia.

Um beijo
Valéria Spíndola

TERESINA

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