sábado, abril 28, 2007

O AMOR

Se o que falam do amor
Forem verdades,
Quantas mentiras
Terão me dito.
A mim só serve como chama
Para assar o tempo,
Coser meus pensamentos,
E acomodar-se labareda dentro
O meu coração aperreado.
Se essa brandura, que acalma
E se pendura como medalha,
Grudado nos seus regaços,
E se corteja, e beijam
Com seu gosto de zinabe.
Não é puro ouro
Nem coisa que o valha,
A laarva quente que se espalha,
Como escorre de um um vulcão,
Faz costuras de mim.
Mas se faz outro pelas bênçãos
Que lhes dão quando escorrente
Tapando todas as saídas,
E lá se detém,
Dono da casa,
Donatário da vida, nos seus pedaços.
Ah, deste amor, que não cheiro,
Que é incolor e não se serve a comer nem beber
É deste cozinhado prato a mais do tempo,
Que tenho falado mal.
E azar de quem fala bem.

2 comentários:

Naeno disse...

Já te pus o selo amigo:)))
Um gd beijinho para ti

NUVEM BRANCA TÃO FOFINHA disse...

Lindo Naeno!

TERESINA

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