terça-feira, abril 17, 2007

VOLUNTÁRIO

Por um momento que durou sua vida toda
Ele foi do voluntariado de cuidar de tudo,
Passava à vista toda manhãzinha
As borboletas que nunca as alcançava dormindo
E saudava com o olhar mais venturoso,
Cheio de saudade, audácia e cor,
Os canários pousos nos fios da rua.
E visitava de fora, o casulo no seu tempo
De rebento. Fazia emendas nas asas dos passarinhos
Triscadas pelos helicópteros invasores dos seus espaços.
Ia aos lixões demarcar pontos para os urubus,
E lhes dava conselhos, quão perigoso é o sul.
Fazia festa e quermesse para os beija-flores
E lhes beijava o bico, provando do néctar.
Dava nome e sobrenome a todos os outros,
Quem não era parente seu, era do seu amor
E assim amava o tempo, que não se ver
Só por querer criar condições lá dentro
Para que lhe fosse surpresa todo dia, a aurora.

2 comentários:

NUVEM BRANCA TÃO FOFINHA disse...

Beijo

Lia disse...

Também assim espero a aurora dos meus sonhos...

Um beijo

TERESINA

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