quinta-feira, fevereiro 01, 2007

AOS INFIÉS

Aos homens todos que encontrei na estrada,
Sem pudor mostrei o meu coração.
A alma em festa, de crença iluminada,
Buscava, em cada amigo, um novo irmão.

A todos estendi, na mais sagrada
E verdadeira estima, a minha mão.
Como recompensa tive a malfadada
Espera, a reticência e a volta alargada.

Volto agora extremo e quase exangue...
Para que o mal de crer duro me puna,
Se estampa em mim o peito em fel, em sangue.

Conforta-me dos fados a dolência:
- Se me encontro mais pobre de fortuna
Muito mais rico sou de clemência.

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TERESINA

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