sexta-feira, fevereiro 23, 2007

MEDO

É como está vendo. Esta chuva que se promete,
Anunciada por nuvens espessas, me arremete,
A outras chuvas, por outros umbrais, e me mete
O mesmo medo de trovões, de fogo e perigo perto.

As chuvas e os meus medos, entrelaçados, lavoura,
Covas rasas, covas funda, plantando esperança de novo,
Esquivo de muito barulho, que quanto mais, menos ouço,
E meu coração se confunde com jatos de água em meu dorso.

É como que está sentindo, a chuva que vai caindo,
Me levará brutalmente, aos perdidos estreitos caminhos,
Do tempo que um operário fazia de tudo, menino,
E caçava o tempo com pedras pisoteando daninhos.

As trovoadas, as pancadas dos pingos pela calçada,
Que batiam e voltavam de novo, a casa ameaçada,
O tempo dessas invernadas, a morte já anunciada,
A qualquer coisa, qualquer gente, eu acorria abraçado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nada melhor que receber um abraço de alguém quando ficámos embriagados pelos medos.

Beijinhos Zita

Posso te linkar?

Jéssica disse...

Eu adoro tomar banho de chuva.
Medo? Eu tenho muitos, mas os enfrento a todos.
Beijos e um lindo final de semana*.*

TERESINA

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