quinta-feira, fevereiro 22, 2007

AURORA

Mesmo antes de se projetarem os homens
Já a aurora de olhos róseos
Surgia todas as manhãs
Como experimento, por obrigação.
Ainda não na sua forma de rosa,
Como fora antes dos tantos olhares.
A minha aurora baixa num cordão suspenso,
Um fio tênue, leve e só a ela se vê.
E pelos ventos descidos, frios.
Ela se posta, se assenta no chão.
E num rompante se dissolve,
Absorve-a inteira o sol, na sua vez,
Como uma clareira, buraco claro
Farol de carro dentro da noite.
Desde o princípio o sol tem esse papel e acata a ordem.
Não falha nunca e recebe o dia
Das mãos da aurora
E se entrega à tarde, se adiantando,
Que não o recebe e aguarda a noite
Um manto negro que tudo cobre,
Vazando apenas pelos poros do corpo, as estrelas.
Como se vê, são sempre claros
Os cumes do mundo e tudo ao céu,
Como tem luzes ante a cobertura,
Que prima o céu.
Logo vem a aurora, na sua hora.

4 comentários:

veritas disse...

Grande esse Sol...e se o homem seguisse o exemplo? O homem não é um astro, mas podia esticar as suas potencialidades, dentro da sua humanidade, e falhar menos... com os mais fracos...

Bjs.

Anônimo disse...

Lindo poema.

Essa mistura de luz e gente. Belíssimo, pra ser mais sincera.

Luiza.

Luizalmendra@hotmail.com

Anônimo disse...

Papai o senhor não nasceu para ser economista, nem artezão( o melhor que conheço) o seu sangue é música, é posia, sou eu.

Um beijo

Isadora Rocha

Naeno disse...

Obrigado filhota,

Que Deus entenda também assim, e me proporcione ser como eu gostaria de ser. Me cansa a labuta prática, lidar com números, cumprir oito horas de trabalho direto. Mas fica a critério d'Ele.

a tua bênção

Papai

TERESINA

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