sábado, fevereiro 17, 2007

AUSÊNCIA

Eu julgava ser a ausência
Uma divisão dolorosa do corpo,
Ou coisa sentida como prenúncio de morte,
Um buraco negro, sem fim sob meus pés.
Depois vi que a ausência
É uma companhia necessária,
Comigo, inteiro em dois, ela permanece,
A provar minha sanidade,
A dar-me os sentidos que não sabia,
A cativar-me como a melhor amiga.
E me acostumei com ela, tanto,
Que tanto faz o burburinho das ruas,
Ou o balbuciar risonho de um amor,
Colado aos meus ouvidos,
Que dou mais atenção a ausência.
Com ela a cadência do passo é mais livre,
A gente estanca, e abraça como quer,
Livre das dores que traz o abraço,
Distante dos olhares obrigatórios,
Que a companhia exige.
Alforriada dos escândalos
Quando queremos liberdade.
Hoje eu eu a ausência somos ímpares,
Um que se sente só mas seguro
Pelas duas mãos ocupadas,
Outro que se sente acompanhado,
Por um coração, guardado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Aceita uma xícara cheinha d chá d amizade?
Ela é servida todos os dias p/ pessoas especiais assim como vc.
É muiro bom compartilhar da tua amizade!!
Bjussss

Anônimo disse...

Sempre serei sua amiga!

Lindo poema, lindo mesmo.

Obrigada pelo o que vc disse lá no meu blog no post: conversando.

Beijos Naeno

;**

Anônimo disse...

Obrigada pelo comment no blog... Mas os elogios sao a mais... nao merecia tantos... LOL!!!

TERESINA

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