sexta-feira, fevereiro 16, 2007

TARDE

A tarde estava cinza e feia,
Oscilante em seu humor de tempo.
Entre o crispar das folhas sentenciadas,
Às sombras ligeiras e ardentes,
Iroconicamente posta sob a copa das árvores,
Da mesma forma como se concebera fossem,
Frias e acolhedoras.
Mas aquela tarde era desigual,
Uma tarde que veio enfear as outras.
Ninguém mais lembrava
Que existiam tardes belas,
Por causa daquela.
Imponderada, indesejável, chata.
E todos ficaram saudosos das manhãs,
Mas ela insistia em se demorar naquela tarde,
A tarde repulsiva e cinza, cinza de resto de fogo,
Que ainda fumegava,
E prometia ir ao tempo em que durasse o seu tempo,
E mais além,
Confundir a noite e meter-se adentro.

4 comentários:

Andréa disse...

Naeno, tentei vir pelo link do seu comentário no meu blog outro dia, mas não funcionou. Aí hoje consegui passar por aqui e vejo que você usou minha foto neste post. Apesar de perceber um tom de homenagem (me avise se eu estiver errada) eu gostaria que você tivesse me avisado sobre usar a minha foto (aliás, teria sido mais elegante que você antes de usá-la tivesse me pedido permissão pra isso). Gostaria de te pedir pra retirar a minha foto deste post. Obrigada.

Andréa disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Andréa, não se faz um mundo assim, os que até agora assim fizeram, desvirtuaram a configuração do mundo previsto por Deus. Nós, certamente não vivemos no mundo idealizado por Ele. Tem muita coisa errada, e o papel, de quem como nós, já nos apercebemos disto é tentar consertar, mudar as coisas de lado, de posição. Acomodando-as de tal forma a que melhore a vida de todos. Que se confortem os desconfortados, os espremidos, e nós, que temos esse discernimento é que vamos ter de fazer. Guerra, de bala, gas e palavras e retaliações são para os que não tiveram a bênção de descobrirem quão bom é a harmonia, o respeito, a intervenção carinhosa, o jeito humano, bom, que infelismente alguns perderam.

Gracias a vida que já me deu tanto.
Me deu dois olhos,
Que quando os abro,
Perfeito, distingo o verde do branco,
E no alto, o céu, seu fundo estrelado
E a boniteza de meu bem amado.

Um beijo

Naeno

Anônimo disse...

Eu não exclui o comentário que a Andrea me enviou. Ela o fez.
Eu não sabia que outra pessoa pudesse interferir no que diz respeito especificamente ao nosso espaço.

Será o quê. Serei um Iraquiano sob os olhares americanos?

Naeno

TERESINA

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