sábado, julho 22, 2006


COMO DÓI

O trem nos trilhos não canta,
agora e nem nunca mais,
onde era estrada de rio,
hoje é vereda de gado.

As porteiras desse tempo,
eram entradas de vida,
hoje por elas só passam,
tristezas em correria.

As pelmeiras, de eu, menino,
tremiam fortes, viçosas,
hoje elas tremem de medo,
da pena de viver só.

Ai como dói,
como dói, lembrar, teimoso.

Ai que saudades que tenho,
da infância da minha vida
que era mais cedo acordada,
e era mais tempo vivida.

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TERESINA

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