domingo, julho 09, 2006


Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

ALÔ

Alô, poeta,

se é que me ouves,

alô, sou eu,

se sentes fundo,

a dor do mundo,

alô, sou eu!

Se o desespero

cai sobre mim

- quem veio ao mundo

sofrer assim -

...alô quem fala,

no outro rumo, assim tão alto.

É suburbana,

é interurbana,

a poesia...

a minha fala ouves também.

Alô Poeta,

eu ouço bem!

A poesia é este embaraço.

Alô, bateu,

doeu no coração,

o amor e a emoção.

Alô, Poeta, me ouves bem?

A minha voz, ouves também.


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TERESINA

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