quarta-feira, setembro 27, 2006






GRITO

Pus-me a chorar de tristeza,
ninguém, prá me consolar,
e o consolo em minha certeza,
é um carinho, um beijar.
Um beijo, que se retrate,
em beijo de reconforto,
não precisamente o beijo,
aquele que se dá na boca.
Pus-ne a gritar em dezespero,
e ninguém, ninguém, ouviu nada,
e no meu desconforto, desprezo,
pus-me a falar prá mim mesmo,
quão errado todos pensam.
Pensam que nunca terão motivos,
de como eu agora, chorar a ermo,
acham que este tempo, será assim,
vida afora. Eu me desesperando,
e eles, a maioria, inabalados.
Quando me pus em choro, corria,
dentro de mim tantas verdades,
verdade de que sou nada, e sou,
verdade de que tudo passa, passou.
naeno:270906

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TERESINA

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