domingo, setembro 24, 2006












QUERO UMA BALADA NOVA

Há tempos que eu estou calado,
olhando nas cores deste meu País,
e, sem nada que eu tenha visto,
que justifique, dizer, este lugar eu quis.

Nem numa maneira ou um jeito,
de amenizar minhas penas,
o homem que ocupa meu peito,
ver que tudo não vale a pena.

Nenhuma intensão que se faça,
aliás ninguém faz, é jeito de falar,
como aumentar nosso afeto,
e aos desafetos, todos rejeitar.

Como é que pode reclusar um índio,
deixá-lo no mínimo de uma terra sua,
enquanto aos bacanas se dão,
liberdade, em pleno meio da rua.

Quero outro País prá mim,
e quero outro igual, a minha herança,
só prá dar a essa gente de mora nas ruas,
um país igual para as nossas crianças.

Como é que pode abater um negro,
como se vingam dos gays primários,
como se deixa à deriva, essa gente, a nau,
o que de nojento pensam ainda esses otários.

Como se pode projetar a vida,
para daqui a cinco, dez, vinte anos,
se o que estão fazendo agora,
nos leva a pensar em mais desenganos.

Eu vou esquecer das cores,
nelas eu vi tons tão desiguais,
e vi estrelas que sobrando num espaço,
onde comportavam muito mais.

Eu vou, por contestar o verde,
e o azul, também o amarelo,
o branco, com muito mais ranço,
porque o preto é cor, e quão belo é vê-lo

Ha tempos eu vivo fechado,
numa clausura de própria sentença,
não boto mais os pés na rua,
enquanto risco correr, topar com safados.
naeno:set:06

Um comentário:

Anônimo disse...

Naeno, não estou achando graça nenhuma. Pare de fazer publicidade do seu blog na minha caixa de comentários. Grata.

TERESINA

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