sábado, setembro 30, 2006







TEUS OLHOS

Vendo os teus olhos,
foge-me a necessidade,
de outras luzes,
de qualquer outra claridade,
por que são eles o farol da minha guia,
a eles sou tão cativos,
vistas de me enfeitiçar.

Não é novidade,
que por eles corro mundo,
como campeia o céu, inteiro o sol,
da minha cega, tenho ainda este guia,
os teus, olhos um clarão,
nas estradas a me levarem.

Não é preciso repetir,
me basta a luz,
e que clareia a minha vida, o teu olhar,
é uma luz que vem de uma claridade,
o teu rosto que completa,
a minha vida em caridade.

Não me bastava,
nem a ti que tanto sabes,
que já ceguei e enxerquei por um milagre,
e foi divino como fez Jesus, cuspindo,
e tocou o olho do escuro,
e a ele fez brilhar.

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TERESINA

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