SABIÁ

Sabiá,
porque agora destes de cantar,
perto de mim, aqui no meu jardim,
será, que tu sabias, há,
um amor sem fim, dentro de mim.
Prá me matar.

Sabiá,
por que sbendo de outras lonjuras,
tu não de impões, um jeito de candura,
e deixa só o meu coração, sem sua razão,
sofrendo só, o que merece, porque não cura.
Esta loucura.

Sabiá,
se sabes tanto já dos meus enganos,
não dava nem prá tu mudares de canto,
este eu não aguento, este é tormento,
se me lembro dela, me vem um pranto.
Qando tu cantas.

Sabiá,
será que cantas por lembrar também
de algum perdido, um esperado bem,
que como eu, perdestes a esperança,
ou então choras prá ver se ela vem.
Cantas também

naeno:apanhados