terça-feira, setembro 19, 2006








SERENO

Eu sei que quando olhas pro meu rosto,
para os meus olhos tristes e incoerentes,
para os meus gestos, que vistes, tanto,
sabes olhar pro que sou.
meus devaneios são tão explícitos,
minhas desventuras, são evidentes,
e a minha alma toda, de toda nudez,
que quem certo, me vê, diz esse é ele.

Tenho passado dias, noites, insone,
de mãos no queixo ensimesmado, estranaho,
de olhar perdido, dentro da noite:
Com meu coração na mão, um abandono,
de uma tristeza, melancolia, besta,
desguarnecendo a mim, vento e açoite.

Sem estar com o tempo contado,
nem sabia, se a madrugada,
quando chegasse encontrasse,
meu rosto quieto de dor,
já estava fora de mim,
vim procurar meus espaços.
naeno:2006


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TERESINA

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