terça-feira, setembro 12, 2006


BONS,
COISA NENHUMA





Hoje eu acordei falando mal,
Foi a tinta fresca do jornal,
onde me pintaram, como quem se apraz,
escrito que eu fazia um jeito desigual,
só que a essas loucuras já me acostumei não calei pra mim,
e me perguntei : Será mesmo que sou assim tão adorado,
por alguém que em chegou no meu quintal.
E eu não reclamei, nem virei um assombrado,
e fui expor a roupa no varal.
Não mais me interessa se eles vão às pressas,
Nada disso sou, sou só o que me presta,
resta ainda, e se eu levasse a sério, tudo o que falam, mero,
tomava uma aventura, o outro lado da rua, outro banho de tinta.
amanhecia ao telefone, ou me calaria, tal faz o besta.

Hoje eu acordei cantando, como um descompensado,
cantado a mesma música do baixo desafiado,
um toque, um tom um ritmo, tão deformados.
Mas recorir o som, o jeito, a minha coleção de armário,
mais, baixo eu cantei, cantei, um lindo fado.
A quem nada sabe, gosto da música do mundo,
falo de xaxado, blues, jazz, Chico, Luiz Gozada,
coisas que trago guardado, a paixão
E não tô nem aí, para quem toca alterado,
preso ao que eu gosto e que me gosta,
já me dou por alforriado. Dou nem um trocado,
e vou cuidar, jogar petiscos pro meu vira-lata.

naeno: apahado::91

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TERESINA

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