sexta-feira, setembro 01, 2006





DESENGANO


Barcos singrando, o mar andando
e o que eu faço aqui olhando,
perdendo tempo, retendo vento
nos meus olhos a machucar.
Só de lembranças, me alimento
não faço nada e como o barco,
eu vou tomando, distância grande,
do que eu era, prá este momento.

Barcos sempre somem, com maré,
só eu me perpetuo, com o mesmo motivo,
ser voluntário compreensivo, um cativo,
filho da vida sem saber mesmo que é
um homem que amou demais, passou da conta
e não pensou contar as penas, e quem lhe der
amor, não quer mais não, olhos são visão,
prender-me mais, que já estou, de vida tonta

naeno:010906

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TERESINA

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