sábado, setembro 09, 2006



FALTA

Enquanto amolo a faca
prá descascar batatas,
vem como como um dilúvio,
viver sem ti fazia, diferença sim,
não que eu tenha toda a culpa assumida,
meus intentos foram, dar-me do que eu queria,
e por sem na saber, sempre negaria,
tu me afirmavas, e eu noutros dias,
tua afirmada bem no hoje, quem diria,
acreditando ser o amor, diamane puro
que não se acaba, pode agir o tempo
na superfície mais ele se alarga,
amor como o que eu via, tu passavas,
por sobre mim e ele e nem notavas,
porque não vias mesmo, não fazias,
que não notavas. E eu, besta que fui sempre,
a toda hora, por todos dias, até ires embora,
não conheci-te inteira, nem o meio,
é convencimento. Falar do todo amor,
falor do todo ser, querer impor em amor,
alguma culpa, culpa, que eu carrego,
e levo outras mazela, como sentir saudades,
dos teus beijos, sentir frio nas noites,
um enredo, que não tem mais fim,
dá prá fazer, uma vístima de mim.
Meu Deus, não assim, não mentiria,
minha cabeça tonta não omitiria,
principalmente agora, que veio a flora
este arrependimeto. Me sinto tão ausente,
do teu ser, e estás descisivamente, entre eu,
e as minhas saudades, que me conduzirei com elas,
com toda calma. Mas só for possível suportar,
então eu sofrerei sem me esgotar,
no que eu tenho de bom em mim guardado,
amor, amargurado. Quando se tem um bem,
guarda-se bem, longe dos olhos, bem no coração,
e uma fraqueza nunca, não se permite,
dizer sequer o nome. Por isso é que eu insisto,
em ver um dia, claro como os olhos,
e chova em abundâcia nos abrolhos,
e lhes façam crescer. Crescendo esta saudade,
é que eu não vejo, motivos prá chorar.

Enquanto amolo a faca, meu amor,
eu faço das batatas um picadinho bom,
mas nada que iguale ao teu tempero,
sal e pimeta, só. Eu estou só por quanto tempo
ne anor.

naeno:apanhado

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TERESINA

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