segunda-feira, setembro 11, 2006

O AMOR SÓ SERVE
PARA DEIXAR SAUDADES.


TERRITÓRIOS

Um homem divido em dois,
um que fica, o outro anda nos sertões,
olhndo marcas, medindo rastros,
tudo me passa, e passa já da medida.
Eu não queria assim, viagens cançam,
e procurar o que é tudo já saído.
Mas esses vultos, sentimento nunca passam.
Passam cacimbas barrentas,
estradas velhas de carroçal,
a lua aberta, o terreiro e o quintal,
passam jeeps com carga, passas cavalos,
e um montador gentil, vejo meu pai,
que me levanta, pela cintura,
e diz baixinho, vais comigo pelos lagos,
lagos azuis onde passem belas garças,
lagos azuis, mostrando a luz do firmamente,
lgos que existem e que eu queria mirar calado.
Um homem só, que espeneia, e outro foi,
por entre pedras, restos de água empoçadas,
e entre em delírio, vendo alguns peixinhos,
tão isoldos do riacho que acabou, e resta nada.
Por onde agora, anda este homem menino,
estará de cima de um umbuzeiro distante,
de lá ohando o que detudoi lembro agora,
casa de farinhada, o pasto e uma vazante,
Aonde estou agora, peguei os mesmos caminhos,
por ode anda esse homem, esse menino,
e pego a me perder, perdi o jeito,
e não me encontro, e mais ainda me perco,
Do que sabia tudo estava, dentro do peito.
E agora ele assovia e eu não escuto,
e agora eu, grito estérico e ele não ouve,
meu Deus, será que esse menino, mesmo houve,
eu e procuro e ele me busca, sem sentido,
eu me pondero e, ele todo atrevido,
eu malogrado, ele nos campos do sonho.

naeno:100806

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TERESINA

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