terça-feira, setembro 05, 2006


RIBEIRA

Rio de minha cidade,
que não dá passagem pra rua,
e todas as ruas começam
nos rumos que vem a lua.
Rio que passa tão quieto,
não tem o balanço do mar,
tem o requebrar da morena,
sorrindo de tanto de amar.

E quem não ama este rio,
só quem ele já matou,
por puro descuido e sina,
menina de primriro amor.
Rio que corta a cidade,
ou a cidade se estancou,
num cais tristonho que havia,
antes que tudo chegou.
Rio até onde tu vais,
tudo que levas é saudade,
rio outrora, outro rio,
águas que tem minha idade.
Tenho ciúmes, e me qiueto,
mal pulsa o meu coração,
ao saber que quando passas,
vais e não mais volta não.
E fica lembrança perdida,
do que restou, que passou,
nem são nem as mesas águas,
quem vejo agora, não sou.

naeno:apanhado:01

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TERESINA

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