sexta-feira, setembro 01, 2006



TARDE

A tarde se mostra quieta,
não se ouve, em metros,
o que fala o povo,
eu, por desconforto,
o vento vem de dentro,
que até o que falo, moco
nos meus ouvidos não entram.

Tarde sem final, de um dia
que começou coma ameça,
que algo grande ruiria,
mas nenhum ruido ouco,
e o que cairia, eu numa calçada,
um prédio uma sacada,
o amor que já ameaçava.

Tarde dura o tempo,
que outro turno dura,
e se encontrar com a noite,
eu nada verei e nada escuto.
Tarde vais passar, tarde friorenta,
e eu só lembrarei de ti,
como uma tormenta.

naeno:apanhados:02

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TERESINA

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