terça-feira, setembro 19, 2006








CONTRATEMPO

Eu vejo tudo o que me expõe o mundo,
eu só não vejo nesses teus olhos fundos,
uma promessa, que o tempo dar,
se vai chover, vai ser sool, se vai nublar.
Outras promessas de, outros olhares,
só que conhço teus olhos entre milhares,
e quando estou perto de ti, enxergo nada,
são recobertos, por um véu, que nem se sabe,
Tudo é mistério em ti, tão contentada,
e mais me entristeces se me olhas especioso,
mas a ti, aprece-me, vantagem de orgulhoso.

Encostado o fardo desse perverso dilema,
ainda quero que os meus olhos vejam dos teus a gema,
e tu sentirás que descobrir-se, é pouco, é nada,
que tudo, é negar-se, uma esperança, amada,
o bom da vida prá todo, por fim, tem sido,
entregar-se o olhar, e o amor, bom, tão despido,
porque, quem quer ser feliz, é infelicitar-se,
com os penares dos outros, entregar-se.
que aquilo que empreendemos, se renega, em par,
o tempo por capricho, tudo um dia leva embora,
e é difícil, é improvável, voltar em alguma hora.
O que contém de tão oculto nos teus olhos vagos,
que os meus não podem ver, como nãovi, amargo,
os tempos que tenho sofrido, tempos que passo, partido,
por um amor, que sei, não se incomoda, em despejar-me, negar abrigo.
naeno:apanhado

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TERESINA

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